Pacientes com insuficiência renal crônica que precisam realizar hemodiálise necessitam de um acesso venoso. Os mais utilizados são as fístulas arteriovenosas e os cateteres. A fístula arteriovenosa consiste na conexão de uma veia com uma artéria, na maioria das vezes nos membros superiores. Após essa conexão, a veia passa a receber fluxo sob pressão vindo da artéria. Assim, a veia com o tempo fica dilatada e com sua parede grossa e resistente, favorecendo o fluxo sanguíneo para a realização de hemodiálise. Esse processo chama-se “maturação” e demora cerca de 6 a 8 semanas, após o qual a veia desenvolvida já permite fácil inserção de 2 agulhas para a hemodiálise. Uma das agulhas leva sangue à máquina e a outra retorna o sangue filtrado para o organismo. Chamamos de “frêmito” a vibração que fica no trajeto da fístula.
A cirurgia é feita por um cirurgião vascular e com anestesia local. O ideal é que a fístula seja feita de preferência 2 a 3 meses antes de se começar a fazer hemodiálise.